Novos cargos pretendidos pelo Executivo causam divergência entre líderes da oposição e situação na Câmara
Novos cargos pretendidos pelo Executivo causam divergência entre líderes da oposição e situação na Câmara
A reestruturação de órgãos da Prefeitura de Jundiaí vai custar R$ 1,2 milhão por ano aos cofres públicos. A informação foi divulgada ontem pela Secretaria Municipal de Recursos Humanos. Por meio de um projeto de lei que será votado na próxima quarta-feira, na Câmara Municipal, o Executivo planeja criar mais 49 cargos - 10 para diretores e outros 39 de chefia - em diferentes secretarias.
A iniciativa, divulgada ontem com exclusividade pelo JJ Regional, tem parecer favorável da Consultoria Jurídica do Legislativo. Além dos novos cargos, o poder público também pretende alterar o salário de superintendentes, do comandante da Guarda Municipal, do secretário adjunto de Esportes e do assessor especial - este último, inclusive, terá reajuste de quase 40%.
Ainda de acordo com a Secretaria de Recursos Humanos, a Prefeitura conta hoje com 479 cargos em comissão (incluindo os agentes políticos) e outras 245 funções de confiança - todos contratados sem o emprego de concurso público. Caso o projeto seja aprovado, o Executivo passará a contar com 773 servidores contratados por meio de indicações. A justificativa para as contratações é de que houve "uma crescente demanda dos serviços afetos a esses órgãos, em face do visível desenvolvimento do nosso município".
Divergências - Para passar a vigorar, a medida precisa ser aprovada pela maioria dos vereadores. A notícia, no entanto, gerou opiniões diferentes entre líderes da situação e oposição no Legislativo. "Essa é uma discussão que vem sendo feita há algum tempo. Sou favorável porque algumas secretarias não tiveram mudanças e a cidade cresceu muito", explicou Júlio César de Oliveira, o Julião (PSDB), líder do governo na Câmara.
"A Secretaria de Saúde, por exemplo, tem carência de pessoal." O tucano acredita que o projeto não terá problema para ser aprovado. "Vai haver apoio da maioria, até porque trata-se de benefício para a própria população", destacou. Durval Orlato, líder da bancada do PT no Legislativo, é contra.
"Concordo com o comandante da Guarda Municipal ter um salário compatível, mas era questão de reajustar dois ou três casos. E não acho necessário criar mais cargos de chefia. A Prefeitura precisa de um trabalho mais eficiente nos órgãos e não contratar mais chefes." O petista defende a qualificação dos servidores efetivos e a abertura de concursos públicos.
"Com esse dinheiro, é possível contratar mais GMs, melhorando a distribuição das rondas na cidade, por exemplo." Orlato ainda destacou um projeto de lei que tramita no Legislativo e trata diretamente dos comissionados na Prefeitura. "Peço a divulgação de informações sobre os ocupantes dos cargos na Imprensa Oficial e internet."
EMERSON LEITE
Fonte: http://www.portaljj.com.br/interna.asp?Int_IDSecao=1&int_id=104666
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
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