A ONG Voto Consciente prepara o lançamento de um novo ranking dos 16 vereadores de Jundiaí. O material será finalizado e divulgado alguns meses antes das eleições de 2010. A intenção dos integrantes será, justamente, a de tentar contribuir com o eleitorado, dando mais alguns subsídios que poderão (ou não) servir para avaliar o trabalho daqueles parlamentares que devem se candidatar à Câmara ou à Assembleia Legislativa. Já os vereadores entrevistados pela reportagem discordam da metodologia utilizada. Diferentemente do ranking divulgado em 2008 (que avaliou o trabalho dos vereadores ao longo de 2007 e apontou Marilena Negro, do PT, em primeiro lugar), esta avaliação será baseada em novos critérios, como explica o coordenador do Voto Consciente, Henrique Parra Parra Filho.
"Vamos trabalhar tentando acabar com algumas lacunas e fazer alguns ajustes, visando melhorar os critérios de avaliação. Para isso, pretendemos nos espelhar na metodologia utilizada pela ONG Transparência Brasil", explica. Henrique tentará, assim, ao mesmo tempo em que minimiza as críticas que o trabalho recebeu na avaliação anterior, também destacar novos aspectos e tornar mais consistente a avaliação. Uma das principais mudanças, ´copiada´ da Transparência Brasil, será a de não se preocupar mais com a quantidade de projetos apresentados. Anteriormente, até mesmo os projetos de lei com vícios ou inconstitucionais entravam na conta individual do parlamentar.
Vereadores criticam - Os vereadores ouvidos pela reportagem, mesmo sem saber quais critérios serão utilizados, concordam: é preciso haver mudanças na metodologia. "Eu gostaria de ser avaliada pelo conjunto do meu trabalho - e não somente pela quantidade dos projetos que apresento", aponta Ana Tonelli (PMDB). Júlio César de Oliveira (PSDB), o Julião, não chega a desdenhar, mas é enfático: "Quero saber qual será a base deste novo relatório, para depois comentar. Mas faltou um acompanhamento maior do nosso trabalho", ele acredita. Julião faz uma comparação. Recebi uma nota ruim (5,1) mas fiquei em sexto nas eleições. Então, o povo aprovou o meu trabalho, não é?", afirmou.
Durval Orlato (PT) opina: aprovar leis e fiscalizar o Executivo são ações importantes. Mas os requerimentos de informação também são instrumentos que precisam ser melhor avaliados e observados. "A rejeição de determinados vereadores aos requerimentos deve ter valor diferente. Deveria ser debitada daqueles que não permitem a fiscalização. É um parâmetro que deve ser considerado". Antes do ranking dos 16 vereadores de Jundiaí, a ONG Voto Consciente espera finalizar, para dezembro, uma avaliação do site da Câmara. "Faltam alguns itens", antecipa Henrique.
CARLOS SANTIAGO
F0nte: http://www.portaljj.com.br/interna.asp?Int_IDSecao=1&int_id=96480
PS: Ainda estou esperando a resposta do questionamento antigo sobre o site Cidade Democrática!